segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Desafogo >> Roberto Carlos Maratta


Desafogo

Na falta de silêncio no escurecer,
Posto a cabeça sobre as mãos.
E aguardo
Sinceros pensamentos virem me ver.
Meus ouvidos se desagradam
Com o compasso dos ponteiros;
Meu olhar se perde
No vazio da parede a minha frente.
O platonismo em excesso tortura.
Um bom bocado de prazeres como tutela,
Lembro-me da rima que se faz;
Nome de flor e bela como tal;
Desacredita,
Reconquista e tudo se esquece de acontecer.
Basta viver, então me agarro à vida.
Reavalio as mentiras que surgem tentando limpar a culpa
Que surgem como os “obrigados”
Que vêm embalados no comércio.
Sigo firme, olhando para a parede. Crente
Que não deixarei os erros me abandonarem.

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