quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Merecedores da Artificialidade >> Roberto Carlos Maratta


Merecedores da Artificialidade

Epílogo: O Oriente me faz pensar; com todas as guerras que acontecem por lá. Poderia haver pacificidade, contudo, o povo não abaixa a cabeça deixando as coisas acontecerem, lutam por aquilo que é seu, pelos seus interesses.

Uma primeira vez chega, depois tem a segunda, a terceira e por aí vai. Uma série de forças nos comprime em determinados momentos da nossa existência. E não é apenas em um! Naturalmente, reagimos, obedecendo à terceira lei de Newton - para toda ação têm-se uma reação, oposta, e com a mesma intensidade - que não vale apenas para experimentos físicos, mas também para os atos que fazemos ou deixamos de fazer. Porém, a resultante dessas forças não é encontrada com mesma facilidade da regra do paralelogramo ou pela lei dos cossenos. Casos e acasos são avaliados a todo o momento pela nossa mente, o que muitas vezes, nos coloca numa sinuca de bico. E há dois caminhos: ir de uma vez, como que pular numa piscina em um dia gélido; será só por um momento até seu corpo familiarizar-se com as “facadas” da água fria ou, aguardar as forças irem te consumindo, apertando o cerco, sugando a seiva do que poderia ser melhor e empurrando-nos para o abismo da artificialidade. Fazendo de tudo um clichê de data e hora marcada.
O desespero se faz comum em situações de pressão e uma lógica sempre aparece no desespero, em meio a soluços, na tentativa de buscar soluções que remedeiem o que foi perdido pela omissão. Dar um grito no limite da loucura tirando o apetite da morbidez, talvez, seja uma das soluções. Esperar os dias, filhos do tempo, passarem, certamente é a mais sensata. Esquecemos a razão, e isso, ora é necessário, ora é burrice. Repudiar a nossa razão é algo relativo – como tudo no universo o é –; geralmente, é no limiar da confusão que renunciamos da razão e ficamos a chocar no ninho da mediocridade disfarçada com o sentimento de puridade. Pergunto-me se viver de forma dissimulada vale a pena. Pensamento inútil, pois mesmo sendo criaturas errantes não somos merecedores de uma artificialidade que corroa mansamente nossa estrutura psíquica. Erros... Não passam de fontes de vida, mas deixemos para uma próxima.

Tentativa de um prólogo: O ideal é tomar a situação no oriente como lição, mas sem pensar em fazer guerra, somente defender e lutar pelos próprios interesses. Enfrentar as pressões.

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