Cá estou eu. Ilhado. Afoito e desmedido, mas alegre.
Ouço meu toca-fitas, sobrevivente de guerra, convicto que
som (chiado) melhor não há.
Sentado, olho os meus livros na estante e tento lembrar o
que se passava na época da leitura de cada um. Muitos ainda não li e tento
fazer previsões de quando poderei lê-los. Talvez possa começar agora.
Início de madrugada insone. Silêncio quase absoluto não
fosse a chuva tímida que ensopa a rua. Nem música, nem poemas me atraem agora.
Encaro o volume, bem antigo, de setecentas e tantas páginas de equações
diferenciais e regras de cálculo numérico.
A negligência maquia toda beleza do melhor de mim. Como um
enxadrista, imagino possibilidades. Tenho um tempo para decidir que jogada
fazer; independente da jogada ser boa ou não, sempre terá um fim. Porém, tenho
o tempo para essa escolha. O que fazer? Seguir Camus que diz que 'a vida é
breve e perder tempo é burrice' ou ponderar as escolhas, esperar o momento
oportuno e correr o risco deste não chegar?
Deveria haver amostras grátis de nossas escolhas; podendo
assim voltar e manipular os maus resultados e livrar nossa consciência de
qualquer tipo de culpa, arrependimento ou até mesmo incompetência. Pode parecer
uma infelicidade a inexistência dessa ajuda existencial, contudo é uma
importante forma de controlar nossa sensatez que é regulada pelo termômetro de
nossas emoções.
Um período de sono é um bom regulador de emoções, porém, na
falta, é sensato não fazer nada que não seja justificável.
Adorei o texto...deveriamos ter uma amostra gratis de nossas escolhas...seria otimo....vou pegar uma frase e postar no meu face...bjs
ResponderExcluirFique à vontade! E obrigado pela visita; és sempre bem vinda!
Excluiroi professor muito legal essa cronica achei d+ ate quinta na aula de matematica ok xauzinhooo
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