quarta-feira, 23 de novembro de 2011

No Travesseiro >> Roberto Carlos Maratta


No Travesseiro

No que se referia no todo de minha existência desde épocas geladas
Salvei-me das quedas daquele tempo cheio de lama.
Na sombra de meu esquecimento estava sempre o lembrar desses dias...
Períodos que mutilaram minha sobrevivência nos meados da dor e da traição;
Dos condenados à amizade eterna que se rebelaram e se rebelam, ainda.
É pesada essa constância, molhada e fria que faz terminar sem ter início,
 Sem ter sentidos, sem ter tido uma vida.
Alimentando crenças que fizeram reviver lendas pragmáticas
Sem sustentação em dizeres, quem diga em fazeres!
Deve ser o álcool o que parece ser emoção!
A chuva esfumaça o couro cabeludo e lava minha alma.
O pecado não aponta no horizonte
Mesmo andando a passos largos e saltitantes.
Houve uma queda em meus sonhos hoje, sonhei outra vez com o mesmo!
É passada a hora de sair das trincheiras, erguer a bandeira de paz.
Viver numa terra distante onde o comum se faz de fato.
Sem projetos de um futuro desconhecido que se desmancha em adiantamentos.
E se faz o fim! E se faz um recomeço. Outra vez um recomeço
Assim até a vida dizer chega! E recomeçar tudo com a morte.

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